sábado, 15 de setembro de 2007

Ministério Público apura se assessor de Renan usou gabinete para crimes

O Ministério Público Federal em Brasília encontrou indícios de que o então assessor de Renan Calheiros na Presidência do Senado cometeu crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, corrupção e peculato por ter operado contas não declaradas no exterior. De acordo com o Ministério Público, o ex-servidor Francisco Sampaio de Carvalho movimentou uma conta no paraíso fiscal da ilha Grand Cayman, no Caribe, a partir de um fax instalado na Presidência do Senado, já na gestão de Renan. A conta chegou a registrar 11 milhões e 100 mil reais.

O caso, revelado em maio do ano passado pelo Jornal Folha de São Paulo, gerou um embate entre o Ministério Público e a Polícia Federal. Após analisar extratos, autorizações para a compra de ações no exterior e relatórios bancários dos investimentos - muitos com a assinatura de Francisco Sampaio, o Ministério Público encaminhou a documentação à Polícia Federal em junho do ano passado, para que as investigações fossem aprofundadas. Até agora, não foi instaurado inquérito e o Ministério Público quer os papéis de volta para conduzir as investigações.

Francisco Sampaio era homem de confiança de Renan no Senado. Quando o senador era o líder do PMDB na Casa, ele (Francisco Sampaio) trabalhou na liderança do PMDB. Em 2005, Renan levou o então assessor para atuar na consultoria da presidência do Senado. Francisco Sampaio pediu demissão do cargo em meio à apuração do caso. Agora, se as investigações realmente forem retomadas e ficar comprovada a culpa do então homem de confiança do presidente do Senando, só vai ficar faltando Renan, inspirado no presidente Lula, dizer que não sabia de nada.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1409200721.htm

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