sábado, 15 de setembro de 2007

Defendido por petista Renan pode escapar de mais um processo de cassação

Sem fazer uma investigação, o senador João Pedro (PT-AM), que é relator do segundo processo por quebra de decoro contra Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou ontem que não há provas contra o presidente do Senado nesse caso. O petista deve apresentar seu relatório ao Conselho de Ética na próxima semana e a tendência é o arquivamento da denúncia.

Renan é acusado de beneficiar a cervejaria Schincariol em troca de vantagens pessoais. De acordo com a revista "Veja", a Schincariol comprou por R$ 27 milhões uma fábrica do irmão de Renan, em Murici (AL), quando o negócio estaria prestes a fechar. O preço estaria acima do de mercado. Depois da transação ser concluída, Renan teria conseguido suspender a cobrança de uma dívida de R$ 100 milhões da cervejaria com o INSS e uma outra, também milionária, com a Receita Federal.

João Pedro analisou apenas a representação protocolada pelo PSOL e a defesa apresentada por Renan. "Eu não vou ouvir ninguém", disse ele, que não quis adiantar o teor de seu parecer. Sem sequer fazer uma investigação, ele afirmou que a representação feita pelo PSOL se resume a uma matéria da revista "Veja" e que isso não é considerado prova. Em discurso no plenário do Senado, João Pedro reclamou da cobrança da oposição para apurar as denúncias de corrupção contra Renan. Ele afirmou que isso está atrapalhando o funcionamento da Casa.

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